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domingo, 31 de outubro de 2021

JOÃO CAVEIRA PONTO FINAL NÃO EXISTE

 


Estou observando há algum tempo os filhos de Umbanda. Em particular aqueles filhos que estudam a Umbanda sobre o prisma das Sete Linhas Sagradas.  Lembrando que todas as linhas, todos os Orixás são Sagrados.

Tudo que vem de Olorum é sagrado. Se vem de Olorum é parte de Olorum, é parte do Criador.

Houve o levantar do véu que havia sobre os Orixás, serviu para abrir os olhos dos filhos, foi muito importante, divisor de águas. No entanto, foi o pontapé inicial.

Os umbandistas não podem pôr o ponto final em seus estudos como se não houvesse mais nada a aprender, mais nada de novo para eles claro! Uma vez que todas estas verdades já haviam sido reveladas há muitos milênios e não foram levadas em consideração porque a ignorância humana por preconceito, ganância e sede de poder, fez questão de destruir toda cultura, todo saber de um povo.

Era necessário dar o pontapé inicial para que os próprios umbandistas fossem atrás de tais saberes.

No entanto, o que a espiritualidade assiste são umbandistas colocando o ponto final nos saberes passados e se tornando radicais.

Cometem o mesmo erro que os kardecistas cometeram, que colocaram o ponto final como se mais nada existisse além do que Kardec passou para o mundo não levando em consideração a época das mensagens, nem as limitações do mental do médium moldado à época em que vivia.

Assim acontece na Umbanda, esquecem que só conseguimos passar para nossos médiuns aquilo que seu mental aceitar, aquilo em que já existe nem que seja uma pequena raiz. Portanto alguns ensinamentos foram deturpados para que fossem aceitos, por isso são meias verdades e outros tantos foram rechaçados pelo mental do médium que claro o fez inconscientemente ou conscientemente achando que eram fantasias de sua própria mente, mas de alguma forma a espiritualidade cumpriu o seu propósito, nada mais era esperado, e o médium a sua missão, na época certa o que faltou viria à tona.   

O pontapé inicial era para que com o tempo os umbandistas se questionassem, dúvidas fossem levantadas e pesquisas fossem feitas. Nos dias de hoje, já vemos umbandistas que procuram pesquisar para ampliar seus conhecimentos, mas quando suas pesquisas o fazem chegar a conclusões que ocasionaria no mínimo debates, eles se calam e guardam para si as descobertas quando não as rechaçam por pura comodidade.

Então apenas peço: O Mestre umbandista levantou o véu e o fez com muita coragem e fé, é apedrejado por muitos até hoje, mas cabe a vocês pesquisar e descobrir parte da grande verdade, que há mais de cinco mil anos foi revelada para um povo que por não ter a mente, recebeu as revelações e as colocou em prática.

Aliás quem eram os atrasados? O povo considerado primitivo ou os europeus colonizadores que destruíram a cultura e a religiosidade de todo um povo?

Um povo que punha em prática o “Um é todos e todos é um”

Exu João Caveira (João de Albuquerque)

Psic. Luconi(Marcia Maria)

 31-10-2021

 


Um comentário:

  1. Muito bom o texto e fundamental seu propósito. O preconceito finca-se, principalmente no desconhecimento.

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