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sábado, 28 de novembro de 2020

MALANDRO CAMISA LISTRADA



Cheguei para chegar, o atabaque soando dou um rodopio só usando o calcanhar! Quero aparecer? Não, é minha marca, meu rodopio na frente do atabaque. 

Que belezura estes filhos desta tenda, todos bem comportadinhos só nós os malandros sambando, pitando e tomando nossa bebida.


Fazendo de conta que não tem bucha quente nos esperando. A gente só olha de soslaio, estamos vendo, estamos sim, mas dançando a gente vai trazendo muita energia necessária pra esfriar a bucha. Bucha que alguns sentem, outros nem tanto, mas o que é realmente ninguém sabe. Saber pra quê? 


Se o doutor pode tirar o tumor do paciente e curá-lo de vez, pra que contar que era maligno, que iria matá-lo? Se fizer isso, o pobre saí curado, mas logo seus pensamentos de medo, sua auto sugestão, vão emitir muita energia negativa e logo o pobre começa a se sentir mal. O tumor voltou? Provavelmente ainda não, mas a energia negativa que emite vai minar seu físico, vai causar dor até minar um órgão. Então pra que contar se já passou, se já acabou. A menos que seja para ele ter certos cuidados para que outro não nasça. 


O mesmo jeito é os trabalhos, se tem bucha quente no ar, nós resolvemos, nem precisam saber os detalhes, os mais sensíveis saberão que está carregado, mas apenas isso. 


Aí meu povo fala, Malandro vem pra festar! E nós damos risada, coitados mal eles sabem! 


Levamos o trabalho no peito, na raça, claro sempre com a ajuda da Lei e dos compadres Exus e das comadres Pombagiras, ninguém faz nada sozinho, mesmo que pareça sozinho. 


Depois de tudo mais calmo, vamos atender, com nossa lábia dar o bom conselho e claro limpar o consulente, até que o dono da bucha aparece na roda, com jeitinho pedimos para ele esperar. Terminamos os atendimentos e separamos uns dois médiuns firmes para fazer as puxadas. Pronto é fácil, o ser vem já amarrado, não tem saída, na lábia ele próprio desmancha o mal que fez, o povo nem vê direito, o consulente fica virado pro congá, o curimba canta alto e ninguém consegue escutar, assim trabalhamos, sem precisar embate, apenas manipulando energia, apenas usando o dom de todo malandro, a boa conversa. No final, quem sabe, na lábia o ser se deixa levar para conversa no astral, ele tem seu livre arbítrio e a gente respeita, mas com certeza, se aceitar, estará dando um passo a frente para a sua reforma, estará se preparando para iniciar seu esgotamento e em seguida retornar ao caminho evolutivo. 


Destes trabalhos é que mais gosto! Afinal, é a luta de todos que servem a Luz, conseguir resgatar seres empedernidos em seus emocionais invertidos, emocionais negativados. É muito gratificante! 


Como é gratificante, conversar com os filhos, enquanto eles falam eu ouço suas almas, ouço as entidades que os acompanham mesmo sem ele saber, desta forma consigo dar um bom conselho, indicar um bom caminho e claro abrir caminhos para que ele possa seguir por esse caminho apenas com os problemas próprios de seu caminho.


Assim a malandragem trabalha, assim eu trabalho, agora se cheguei para chegar, vou me embora para ir. 


Meu nome? Malandro Camisa Listrada. Muito prazer, para sua serventia. 


ditado por Malandro Camisa Listrada

psicografado por Luconi

em 31-05-2020


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