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segunda-feira, 4 de julho de 2011

ZÉ PILINTRA PRECONCEITO DENTRO DA UMBANDA



Hoje vou vos falar, de uma tristeza tão grande, que bate em nosso peito, quando presenciamos entre os nossos queridos filhos de Umbanda, um sentimento que denota um grande desamor, que é o preconceito, a discriminação.

Nossa meus meninos, vocês não sabem não, mas como pode existir dentro de uma religião que tem como sinônimo A CARIDADE, o preconceito, que é um dos filhos do orgulho, como vocês se dizem filhos da Umbanda, como?

Eu tenho atendido a muitos filhos pelos variados terreiros de Umbanda que trabalho, e tenho visto muito deste sentimento oculto nos corações dos filhos.

Oculto sim, porque nem ao menos têm coragem de assumir o que sentem, o que são, preferível fosse que assumissem, assim não enganariam a tantos. Engraçado que pensam que os guias não veem, que os Orixás não sabem, e que Pai Oxalá desconhece, consequentemente pensam que enganam até a Deus.

Quem é mais coitado o que sofre preconceito ou o que sente este sentimento, quem? Pois eu vos falo, o coitado maior é aquele que sente tal sentimento, pois está cego perante as verdades Divinas. Aquele que é alvo, sofre certamente, mas se tiver um coração de amor, ficará magoado, sentirá as dificuldades do caminho, mas não se entregará aos maus sentimentos, não procurará a vingança mas sim a compreensão da ignorância humana de que é alvo.

Aquele, que sofre preconceito, está sentindo na pele, aquilo que em alguma vida passada fez muitos sentirem, certamente pediu para vir com algo que seria alvo de preconceito, para sentir o que causou a muitos e também para se engajar na luta travada aqui na terra contra qualquer discriminação. Esta atitude de lutar contra a discriminação é uma de suas missões terrenas, a sua luta deve ser ampla e realizada com muito amor, tentando transformar os corações ignorantes.

Vocês que estão lendo, repensem os seus sentimentos, tentem perceber o que os leva a sentir este ou aquele preconceito, lembre-se que o que não serve para você, o que não lhe faz bem, para outro irmão pode ser uma necessidade de seu espírito, e quando falo de preconceito não falo só daquele que sofri na terra, o da cor de minha pele, aliás esta discriminação de cor e raça só vem de espíritos muito ignorantes e orgulhosos, que se acham superiores e por isso encontram na diferença de cor um sinal de inferioridade, coitados quanta pena tenho deles.

Enfim, irmãos da Umbanda e de qualquer credo que passarem por aqui, façam o possível para respeitar as diferenças, todos somos filhos de um mesmo Pai, que não admite que nenhum filho seu ataque a outro igualmente seu filho.

Se cometem atitudes erradas cabe somente a ELE julgar e designar os caminhos que levarão o filho que errou a reconhecer seu erro e consequentemente corrigi-lo. 

Bem hoje eu já falei sério demais, na próxima oportunidade assumo o que realmente sou, um nego velho que se entristece de ter que puxar a orelha dos filhos, mas que pensa antes uma puxada de orelha minha do que eu ver filho ir parar no Umbral para esgotar seus sentimentos negativos enraizados em suas almas, e olha que isto leva tempo, mas como o tempo é infinito, nós esperamos enquanto vamos acudindo outros filhos e aprendendo com este trabalho a amar e respeitar a todos os irmãos. 

 Já até falei igual a doutor, mas doutor eu não sou não, deixa eu voltar para o meu Catimbó que muito trabalho me espera, que a Lei Maior os guie.

Salve Nosso Senhor Jesus Cristo
Salve Oxalá

Ditado por Zé Pilintra do Catimbó
Psicografado por Luconi
04-07-2011