As águas cristalinas,
caindo em cascatas,
sobre as águas claras,
de um largo rio manso.
Nas margens flores tão belas,
de espécies variadas,
destacando-se entre elas,
o delicado lírio do campo.
Na queda d’água mais alta,
vejo a luz mais bela,
meu olhar não se desvia,
pois ela me inebria.
Seus tons são variados,
azul, rosa e amarelo,
e a cada momento,
mais forte a luz se torna.
Uma brisa vem suave,
acariciando meu rosto,
a luz me envolve,
desaguando o meu pranto.
Devo estar delirando,
sinto carícias em meu cabelo,
então mais ainda choro,
é tanta dor em meu peito.
Ouço então o som de uma música,
som apenas por uma voz tocado,
de repente o silêncio,
por voz amorosa quebrado.
Quem entende o meu tesouro,
não há de ficar sem consolo,
a dor de teu peito arranco,
a teus pés a pureza deixo.
Abre filha teus olhos,
com o coração olhando,
quem te fere,
pelo ouro da terra está cego,
pelo ego está surdo,
pela vaidade é dominado,
então eu te pergunto,
quem é infeliz realmente,
quem jamais a paz alcança?
Vai minha criança,
não vou mais te deixar chorar,
Oxalá te dá a couraça da fé,
eu te entrego a espada do amor!
Abro então os olhos,
a luz ainda está lá,
olho para baixo,
aos meus pés depositado,
um lindo lírio do campo.
Luconi
20-07-2020
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