O Sétimo Trono assentado na coroa Divina é o da Geração. O trono da Geração tem em seu polo magnético positivo a Orixá Yemanjá (irradiante) e no seu polo magnético negativo o Orixá Omulu (cósmico).
A essência natural de Yemanjá é a água e a essência natural de Omulu é a terra.
Omulu, polo negativo que juntamente com Yemanjá polo positivo, formam o Trono da Geração, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida.
Omulu é o orixá que rege a morte, ou o instante da passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne).
É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado o nome do nosso amado Pai Omulu.
Difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que Omulu é o guardião divino dos espíritos caídos.
A essência natural de Yemanjá é a água e a essência natural de Omulu é a terra.
Omulu, polo negativo que juntamente com Yemanjá polo positivo, formam o Trono da Geração, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida.
Omulu é o orixá que rege a morte, ou o instante da passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne).
É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado o nome do nosso amado Pai Omulu.
Difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que Omulu é o guardião divino dos espíritos caídos.
O orixá Omulu guarda para Olorum (Deus) todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais.
Mas ele não pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da Lei Divina, que também não pune ou castiga.
Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne.
E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela própria Lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos, que são magneticamente negativos.
E Tatá Omulu é um desses guardiões divinos que consagrou a si e a sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações de vida.
Esta qualidade divina do nosso amado pai foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e o que definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá Omulu é um dos orixás mais “perigosos” de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não o descrevem como implacável nas suas punições.
Mas o que encontrei nele não condiz com a forma como o “humanizaram”, e ano após ano, fui conhecendo uma divindade ímpar.
Descobri-o como sendo a própria caridade divina para com os espíritos caídos nos campos da morte porque atentaram contra os princípios da vida.
Em Tatá Omulu descobri o amor de Olorum, pois é por puro amor que uma divindade consagra-se por inteiro ao amparo dos espíritos caídos. E foi por amor a nós que ele assumiu a incumbência de nos paralisar em seus domínios, sempre que começássemos a atentar contra os princípios da vida.
Enquanto nossa mãe Yemanjá estimula em nós a geração, o nosso pai Omulu nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores.
Mas esta “geração” não se restringe só à hereditariedade, já que temos muitas faculdades além desta, de fundo sexual. Afinal, geramos idéias, projetos, empresas, conhecimento, inventos, doutrinas, religiosidade, anseios, desejos, angústias, depressões, fobias, preceitos, princípios, templos, etc.
Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se elas estiverem em acordo com os princípios sustentados pela irradiação divina, que na Umbanda recebe o nome de “linha da Geração” ou “sétima linha de Umbanda”, então estamos sob irradiação da divina mãe Yemanjá, que nos estimula.
Mas, se em nossas “gerações”, atentarmos contra os princípios da vida codificados como os únicos responsáveis pela sua multiplicação, então já estaremos sob a irradiação do divino pai Omulu, que nos paralisará e começará a atuar em nossas vidas, pois deseja preservar-nos e nos defender de nós mesmos, já que sempre que uma ação nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu, feriu e nos escureceu, colocando-nos em um de seus sombrios domínios.
Tatá Omulu só foi humanizado em seus dois polos, ou nos seus extremos.
E, se em seu polo negativo e escuro ele é punidor, em seu polo positivo ele é o orixá curador por excelência divina, que cura as “almas” feridas por si mesmas.
“Humanizar-se” significa que o orixá ou a divindade assumiu feições humanas, compreensíveis por nós e de mais fácil assimilação e interpretação.
Ele é o excelso curador divino, pois acolhe em seus domínios todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus semelhantes.
E, por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos tenhamos nos curado para retornarmos ao caminho reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e multiplicadores de suas benesses.
Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós mesmos, através de nossa sexualidade, seja nas idéias, através de nosso raciocínio, assim como geramos muitas outras coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina.
Em seu pólo positivo, é o curador divino e tanto cura nossa alma ferida quanto nosso corpo doente.
Se orarmos a ele quando estivermos enfermos ele atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, nosso campo vibratório e sobre nosso corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que detectará de imediato a doença e receitará a medicação correta.
Então pergunto: “Se Tatá Omulu é curador, ele não é a própria caridade para com os enfermos? E, se ele é curador, como podem descrevê-lo como um orixá temido?”.
O orixá Omulu atua em todos os seres humanos, independentes de qual seja a sua religião.
Mas esta atuação geral e planetária processa-se através de uma faixa vibratória especifica e exclusiva, pois é através dela que fluem as irradiações divinas de um dos mistérios de Deus, que denominamos de “Mistério da Morte”.
Mas entendam este mistério como ele deve ser entendido, e não como o têm ensinado.
Tatá Omulu, enquanto força cósmica e mistério divino, é energia que se condensa em torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para outro.
Neste caso ele não se apresenta como um espectro da morte coberto com manto e capuz negro, empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida.
Esta descrição é apenas uma forma simbólica ou estilizada de se descrever a força divina que ceifa a vida na carne.
Na verdade, a energia que rompe o fio da vida na carne é de cor escura, e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a morte é natural e fulminante, como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o perispírito, que já entrou em desarmonia vibratória porque a passagem deve ser lenta, induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva.
Este mistério regido por Tatá Omulu é um dos recursos de Deus e atua num momento de muita dificuldade para os seres, pois não é fácil, para alguém não preparado, esta viagem rumo ao desconhecido mundo dos espíritos ou dos mortos.
O orixá Omulu atua em todas as religiões e em algumas é denominado de “Anjo da Morte” e em outras de divindade ou “Senhor dos Mortos”.
A linha da Geração, é regida em seu pólo positivo, irradiante e multicolorido pela nossa Mãe da Vida, a orixá Yemanjá, e em seu pólo negativo, absorvente e monocromático (pois é de um azul tão concentrado que muitos o vêem como preto) pelo Tatá Omulu, Senhor da Morte.
Omulu é negativo e seu magnetismo atrai os seres que se desvirtuam e se tornaram estéreis.
Se não criam mais nada, é hora de serem reduzidos a pó para que, nas águas de Yemanjá, voltem a ser espalhados, e que, no eterno movimento das marés, venham a ser reunidos, umidificados, fertilizados e renasçam para uma nova vida.
Se Yemanjá umidifica e fecunda, Omulu seca e esteriliza.
Simbolicamente representamos Omulu com o alfanje da morte, pois é ele quem reduz ao pó os que abandonam a vida.
Mas também podemos representá-lo com o cruzeiro das Almas.
Oferendas: velas brancas, água, coco, vinho branco doce licoroso, mel, pipoca e sal grosso, depositado no cemitério ou beira-mar.
Texto baseado no livro “O Código de Umbanda” psicografado por Rubens Saraceni.
MAIS UMA VEZ ESCLAREÇO:
Os Orixás foram abertos ao mundo na África. Isto há mais de cinco mil anos, os Orixás não pertencem unicamente a África, pois são emanações do próprio Criador que protege todos seus filhos igualmente.
Mas foi na África que houve a revelação, mais precisamente na região YORUBA, que é uma região que comporta vários países.
A África tem toda uma cosmogonia, a filosofia Yorubá é extremamente sábia e iguala todos os seres. Povo que se evoluiu rapidamente na questão moral!
Infelizmente deturpada pelo colonizador que só havia se evoluído materialmente, na questão moral estavam engatinhando, nem os ensinamentos de Jesus Cristo eles seguiam, e atualmente poucos seguem, uma vez que Jesus não pregou religião, apenas pregou a Lei do Amor.
Esta parte do texto é de minha autoria.
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