Hoje
vou falar daquele que muitos temem, exatamente por não entenderem.
Vou
falar daquele cujos olhos tudo vê e tudo sabe.
Vou
falar daquele que está assentado no Trono da Geração e da Vida, no seu polo
cósmico.
Todos
sabem que Iemanjá, responde pelo Trono da Geração e da Vida, só que ela
responde pelo polo positivo e como tudo tem dois polos, todo Trono tem o polo
positivo e o polo negativo ou cósmico.
Mas
não é por ser o polo cósmico ou negativo, que significa que o Orixá ali
assentado seja ruim, infelizmente existe muita confusão a este respeito.
Temos
sete Orixás assentados nos polos positivos dos Tronos e sete assentados nos
polos negativos ou cósmicos dos Tronos. Um Orixá é pura energia, ele é criação
Divina e apenas respeita a Lei Divina, aplicando-a para a evolução dos seres
encarnados ou não.
Fique
claro que o polo positivo de um Trono é transmissor de energia o tempo todo e o
polo cósmico ao invés de transmitir energia ele a absorve.
Os
polos cósmicos dos Tronos absorve a energia do ser, paralisando-o,
direcionando-o para a sua dimensão e esgotando as energias negativas nele
acumuladas. Como veem tudo é muito simples, nós espíritos humanos encarnados ou
não é que nos acostumamos em complicar tudo.
Pois
bem, Omulu é o Orixá assentado no polo cósmico da linha de força do Trono da
geração e vida. Como vocês devem saber, sua essência é telúrica, enquanto a essência
de Iemanjá é aquática.
Iemanjá
gera a vida, Omulu paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação
às manifestações da vida, também rege o momento do desencarne do ser.
É exatamente esta sua atribuição que faz com que muitos Umbandistas
tanto o temam, não percebem que quando ele paralisa os seres que atentam contra
os princípios da sustentação da vida, ele está ajudando este ser, uma vez que
irá redirecioná-lo para aprendizado após esgotar suas energias negativas, Omulu não mata ninguém, a morte é um fato natural e
determinada por Deus tanto como a vida que Iemanjá rege.
O Orixá Omulu é um dos mais caridosos orixás, pois é o guardião Divino
de todos espíritos caídos.
O
orixá Omulu guarda para Olorum (Deus) todos os espíritos que fraquejaram
durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios
emocionais.
Mas
ele não pune ou castiga ninguém ou a Lei Divina,
ela
apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne. Ou seja, para a
evolução do ser, ele irá para um dos sete polos negativos ou cósmicos para que
possa esgotar suas energias negativas se necessário e só então poderá continuar sua marcha
rumo a evolução, limpo de tais energias.
O
Orixá Omulu, acolhe com muito carinho aqueles que atentaram contra os
princípios geradores de vida, os protegerá e os curará das enfermidades de seu
espírito.
Quando
um encarnado a ele pede por saúde, com certeza ele atuará, ou curando-o através
de sua energia, absorvendo o mal de seu espírito ou se o mesmo criou raízes na
matéria irá encaminhá-lo ao médico, acompanhando até o final a cura do mesmo.
Um
Orixá que se dedica unicamente a cura de nossas chagas espirituais, é um Orixá
que age puramente por amor divino, jamais aceita qualquer pedido de maldade,
pelo contrário, acaba transformando-o em bondade agindo principalmente com sua
energia em cima daquele que erroneamente fez tal pedido.
Estamos
próximo do dia dos mortos, costuma-se na Umbanda sincretizarmos esta data com a
data de Omulu, 02 de novembro, no entanto, repito a vocês que a atuação deste
Orixá é ampla e jamais age contra as Leis do Amor, pelo contrário, apenas
paralisa aquele que abusa das leis da Vida, fazendo um bem enorme ao ser em
questão, levando-o para seus domínios por determinação da Lei, protegendo-o até
de si mesmo e curando suas chagas.
Portanto,
um dos mais caridosos Orixás, fiel trabalhador Divino, que faz questão de
devolver todos que a ele são enviados ao Pai, livres de qualquer resquício das
chagas que anteriormente carregavam.
Nesta
mensagem fiz questão de esclarecer, de derrubar antigos conceitos criados
através da ignorância Humana, por justiça e por grande amor enraizado dentro de
mim por ele que um dia me acolheu, curou-me e me direcionou para a evolução.
Ditado
por Gira Mundo
psicografado
por Luconi
em
23-10-2012
Muito bom o texto, Marcia. Esses conceitos dos polos positivos e negativos enquanto forças complementares eu não conhecia na área da Umbanda, o maniqueísmo de muitos praticantes da religião umbandista embaça essas verdades. Particularmente gostei da importância dada a Iemanjá (leste meu texto "Sobre um quadro de Iemanjá" lá no Pan y vino?). Geralmente as pessoas só a tÊm como a "Rainha do mar", mas não relacionam a mesma com a questão da vida sobre a terra. Parabéns mais uma vez.
ResponderExcluirQue lindo texto!! Sou filha de Iemanjá com Omulu, e nunca temi meu pai, pois sempre soube que é um pai muito amoroso, mas realmente existem muitas pessoas que não o entendem. Muito esclarecedor. Axé.
ResponderExcluirSempre aprendendo com você, amiga!
ResponderExcluirBeijo grande e meu carinho!
Olá, boa tarde :)
ResponderExcluirObservado pelo mundo ficou ausente o meu nome
ResponderExcluirDispersos pedregulhos de silêncio empurrara-me o ficar
Insondáveis são as teias da maldade
Levanto-me todas as manhãs ausente do amar
Na passagem, vi a memória ausente dos teus olhos
Respiro uma estação já morta
No êxodo das manhãs escrevo a raiva
Há um castelo azul com o azar preso à porta
Uma criptoméria tomba contra a fundura do tempo
Escrevo para que não oiçam o clamor desta nua alma
Escrevo para ninguém que se ache nestas palavras
Escrevo para que nunca esmoreça esta minha chama
Bom fim de semana
Doce beijo
Tacteei minha sombra caída
ResponderExcluirOs ramos de uma magnólia cedem ao vento
Ergui num deserto um castelo de raivas
Segui numa distância infinita ladrilhada de mágoas
Já não posso dar-te a mão, cheguei tarde
Entre ruinas procuro o sentido, a razão
Já não canto aos deuses, não rezo
Já esqueci o sabor do desprezo, não desprezo
Tracei um círculo de solidão
Ausente do meu nome está o chamamento
Jazem mudas as folhas de silêncio
Errantes brumas ao sabor do vento
Bom fim de semana
Doce beijo
Uma mensagem bem esclarecedora. Gostei muito!
ResponderExcluirVou seguindo por aqui, também.
Beijos.
Élys.
Inventei a ironia numa toada de vento
ResponderExcluirRoubei as asas a uma gaivota azul
Colei-lhes um poema cheio de penas
E enviei-o para uma tonta do sul
Inventei um mar numa bola de sabão
Roubei uma corda forte e boa
Atei um rol de mágoa à mesma
E afoguei-as nas águas de uma lagoa
Bom fim de semana
Doce beijo
Fiquei profundamente emocionada com o texto.
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