Um
dia lá na Aruanda, encontro um filho de fé ainda encarnado na terra. Este filho
sempre que tem permissão durante o seu sono na matéria vai à busca de amigos no
mundo espiritual.
Normalmente,
destes encontros ao despertar só tem vaga lembrança, ficando em seu inconsciente
o aprendizado que obteve ou a ajuda que proporcionou e até a conversa que teve
com um amigo. Dificilmente, é lhe permitido lembrar-se de tudo, apenas sente a
essência da energia de bem estar que ali obteve. No entanto, se for caso de um
aviso, permitimos que ou ele se lembre na hora que acorda ou que na hora
apropriada venha em sua mente o alerta que lhe foi passado. E assim o é com todo irmão encarnado, sendo ou
não espírita, tendo ou não a mediunidade desenvolvida.
Agora
voltando ao filho, estava eu nas paragens de Aruanda quando me deparo com o
mesmo observando o nosso lindo jardim. Sabia que seu mentor ali o traria aquela
noite, precisávamos orientá-lo sobre a forma que estava sentindo o seu trabalho
no centro que frequentava.
Ele
que há anos doava sua matéria para a caridade espiritual não só com amor mas
também com uma boa vontade incrível, nos últimos tempos só devido ao seu grande
amor ao próximo ele comparecia ao trabalho, estávamos preocupados,
pois a sua energia era de puro abatimento.
Quando
me viu, veio ansiosamente ao meu encontro, logo me perguntando:
-É o
meu pai João?
-Não,
meu filho, sou eu o Pai Tomé, mas sei que precisa conversar um bocadinho,
depois vamos abraçar o velho João que só não está aqui por ter sido chamado em
caráter de emergência a um socorro na crosta.
-Pai
o que queria conversar, ou melhor, perguntar é: depois de tantos e tantos anos atendendo
nos terreiros, filhos diferentes é verdade, mas todos no fundo com os mesmos
problemas, não está cansado? Quando terá um tempo para si?
-Menino,
veja bem, o tempo de cada um é dele exclusivamente, o Pai permite que façamos do
nosso tempo o que bem entendermos. Se quisermos ficar horas a fio sentado em
algum lugar agradável meditando, é isso o que faremos. Mas normalmente cada um
de nós quando estamos a fazer nosso tempo de pausa, ao ouvirmos um chamado, por
nossa opção, corremos atender e não é por obrigação não, é por amor.
Caso não escutemos a voz do nosso coração, com certeza, iremos nos sentir muito mal, passamos a nos culpar, pois deixamos de fazer uma das coisas que mais amamos atender o nosso próximo. É esta a verdadeira razão de toda nossa existência, encarnado ou não.
Caso não escutemos a voz do nosso coração, com certeza, iremos nos sentir muito mal, passamos a nos culpar, pois deixamos de fazer uma das coisas que mais amamos atender o nosso próximo. É esta a verdadeira razão de toda nossa existência, encarnado ou não.
Não é só quem trabalha mediunicamente que isto acontece, quando uma mãe levanta no meio da noite para embalar o filhinho que chora, ela o faz por amor e não por obrigação. Quando você em seu trabalho da terra cansado resolve fazer algumas horas extras, você o faz por amor, amor àqueles que dependem de você, ou então, amor a alguma coisa que você quer adquirir. E assim é pela vida afora.
Quando
eu incorporo num centro umbandista, sentando-me no meu banquinho e inicio o atendimento, eu o faço não só em amor ao meu próximo, mas sim principalmente em amor a
Jesus, que nos coloca como seus auxiliares para plantar a boa semente nos
corações endurecidos.
Vê
filho, tudo é gerado pelo amor que sentimos, quem ama a humanidade, ama a
Cristo, não se sente bem em ter um remédio em sua mão e não fazer uso naqueles
que estão doentes.
-Tempo
para mim? Menino tudo o que faço é meu tempo que decidi usá-lo como minha
consciência manda, pois só desta forma estou feliz porque estou em paz. Nada é
obrigação, de forma nenhuma, tudo é meu livre arbítrio, apenas decidi utilizar
o meu tempo de forma a aprender e a ajudar os filhos encarnados, assim de forma que ao
mesmo tempo que os ajudo também apago algumas injustiças cometidas em passado
distante quando eu pensava que o meu tempo era apenas para “ aproveitar a vida”.
Mais alguma coisa meu filho?
Ele,
enxugando algumas lágrimas que teimavam em brotar de seus olhos, disse-me:
- E
agora Pai Tomé, atendeu o chamado de Pai João, que tendo que atender um socorro
urgente, pediu ao senhor que tivesse paciência com este filho aqui, que já
sabia de tudo isto, mas precisava ouvir.
-Sim,
meu filho, não se esqueça até nas horas de lazer não estamos sem fazer nada,
sempre há um propósito e devemos aproveitar todas as oportunidades, aprende-se
muito e ensina-se muito brincando de forma sadia.
Bem,
lá vem Pai João, pelo jeito conseguiu terminar o socorro, vai meu filho, ele te
leva de volta ao seu corpo e esteja certo desta vez você lembrará de forma bem
especial.
Assim
a mesma mensagem que passei a este filho, passo a todos vocês que se sentem
cansados de suas “obrigações” terrenas, tem certeza que é uma obrigação?
Às vezes o cansaço vem, por que talvez esteja na hora de evoluir seus trabalhos, torná-los menos materiais e trabalhar com energias, afinal tudo evolui, será que você não faz parte do processo desta evolução?
Às vezes o cansaço vem, por que talvez esteja na hora de evoluir seus trabalhos, torná-los menos materiais e trabalhar com energias, afinal tudo evolui, será que você não faz parte do processo desta evolução?
Plantei a semente do desejo do saber, e isto Pai João fez àquele filho quando o retornou para o seu corpo carnal.
Fique
na paz de Oxalá,
Que Nosso
Senhor Jesus Cristo abençoe a todos.
Ditado
por Pai Tomé de Aruanda
psicografado
por Luconi
em 29-07-2012
eu e minha filha estávamos precisando ouvir estas sábias palavras.
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