Resolvi reencarnar depois de algum tempo no ORUM, não eu não pertencia a nenhuma linha que pertencia aos Orixás, demorei a me restabelecer da penúltima vinda , foram muitas idas e vindas devido a frustradas reencarnações para combater a justiça que insistia em perseguir, nunca me achava culpado, sempre que retornava me achava injustiçado, até que lentamente comecei a compreender o meu ego, mas mesmo assim quando vestia a carne deixava-me dominar por ele, naquela penúltima vida fui um bocadinho melhor, mesmo assim precisei de longo tempo para me recuperar e também entender o porquê de tudo. Com receio de errar novamente não queria retornar e me coloquei a postos para auxiliar no que me fosse permitido.
Trabalhava nas equipes de socorro, socorro daqueles que esgotavam sua negatividade no umbral. Umbral está longe de ser Trevas, onde eu trabalhava com a equipe eram espíritos sofredores que quase a fé não tinham, mas acreditavam que seriam castigados e tinham receio de Deus, isto devido a algumas faltas que dentro de suas mentes se agigantavam. De qualquer forma se lá foram direcionados é porque lá eles conseguiriam se livrar de suas culpas.
Eu era bom para lidar com este grau de espíritos, nem bons nem ruins, gente com faltas que se pedissem ajuda seriam atendidos, mas o medo os paralisava. O livre arbítrio era deles, se queriam permanecer lá, lá permaneciam, se queriam se esconder, lá se escondiam. Nós fazíamos as excursões de forma constante, sempre recolhíamos alguns. Bem, me acomodei neste trabalho, mas a Lei da Evolução nos chama, nos instiga a querer evoluir e eu sabia que precisaria retornar, enquanto não testasse para mim mesmo que não cairia nas malhas da vaidade e do ego não me sentiria seguro. Enfim, procurei os irmãos instrutores que agilizaram o meu retorno. Quase um ano me preparando e finalmente iria retornar. Eu não sabia, mas dar valor a vida eu não tinha aprendido. Já com meu corpo diminuído, antes de me prepararem para o esquecimento, senti medo, e então fiz uma prece a Jesus:
Sou tão pequenininho, alguns me verão como um anjinho, mas
sou um velho espírito que se prepara para retornar à velha e boa Terra, para
aprender mais um bocadinho.
Meu corpo espiritual foi preparado diminuindo o necessário e
serei ligado ao ventre materno, mas pelo medo do fracasso sinto-me na minha
vontade enfraquecido.
O meu pensamento elevo, por Jesus clamando a Ele uma só
coisa peço, antes que os vícios de minha alma me vençam, por Vós eu seja
paralisado.
Desta forma me voltarei para o meu interior e minhas chagas
vendo, eu Te darei Graças, por não ter permitido que eu fosse arrastado pelo
lamaçal de meus vícios.
Imediatamente fui envolvido pela Tua força e grande luminosidade
me envolveu, tive a certeza de que Ele comigo estava, pelos meus vícios não
seria vencido, com um sorriso me despeço dos amigos e imensa paz me invade
entregando-me ao esquecimento.
Ele não me abandonou, aos meus vícios não me entreguei, mas
me entreguei a tristeza de um amor que não pude viver, a bebida me entreguei, dessa forma fui presa
fácil para a tuberculose, desencarnei, cheguei do outro lado da vida revoltado
e me tornei obsessor daqueles que eu culpava, mas ouvi a voz que me acalmava e
em um pouco mais de três anos fui socorrido, esgotei minha negatividade no
reino de pai Omolu, precisava aprender a dar valor a vida, visitei o Pronto
Socorro que trabalhei anteriormente, mas após agradecer os amigos eu optei em
servir Pai Omolu. Só trabalhando para ele eu teria condições de aprendizado
onde eu fundamentaria em mim o amor a vida, e assim eu faço.
O nosso Irmão Maior nunca me abandonou, certa vez um
trabalhador seu me disse: - O Mestre está feliz porque finalmente você se
encontrou, este sempre foi o seu caminho, só que ao invés de chegar a ele
espontaneamente, você precisou se perder para se achar.
Não esperem se perderem para depois se acharem, escutem o
seu eu interior, perceba para que lado ele os chama. Todo trabalho é digno,
todo trabalho nos leva à evolução, desde que feito com amor e respeitando as
Leis Divinas.
Psicografado por Luconi (Marcia Maria)
em 15-11-2014
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