É noite de lua
cheia,
que com sua magia,
a mata alumia,
a noite se faz dia.
Nesta noite ninguém
dorme,
a tudo ela envolve,
aos escolhidos os
seus mistérios abre,
a muitos fortalece.
No meio deste
cenário,
na margem do grande
rio,
está a cabocla
Jurema,
com seu rosário de
pena.
A sua volta os
caboclos,
em grande roda sentados,
aquietando o
coração,
acompanham a
silenciosa oração.
Ser dito nada
precisa,
apenas se entregam,
a força misteriosa,
da lua que os
domina.
Os olhos Jurema
abre,
faz ao Pai uma
prece,
sabedoria ela pede,
para a humanidade
que padece.
Que entenda,
finalmente, a humanidade,
se trouxe conforto a modernidade,
abafou-lhes a
essência,
pelo abuso feito
dela.
Que voltem ao
grande passado,
onde todos
engatinhavam,
mas também
compartilhavam,
a sabedoria dos antepassados.
Tinham a natureza,
como inigualável
tesouro,
a mais valiosa beleza,
era a que a alma trazia.
Jurema tem a
resposta,
os caboclos
convoca,
a boa semente está
lá,
as ervas daninhas
vamos arrancar.
De toda alma que
aceitar,
o amor oferecido,
a semente vamos regar,
com as águas de Oxum.
Lindo canto entoando
,
segue então a
Jurema,
com ela os seus
caboclos,
acima dela Oxóssi
abençoando.
ditado por Joel
psicografado por
Luconi
27-01-2012