Chão de barro batido,
paredes de tábua,
folhas de palmeira era o telhado.
Aparente pobreza,
mas só havia riqueza,
pois cheirava a amor.
Amor plantado,
com um sorriso,
a quem ali fosse.
Não havia cansaço,
só mãos estendidas,
e belas palavras ditas.
A todos acudia,
as ervas manipulando,
a todos ia curando.
Curava o corpo,
mas da alma não esquecia
o benzimento era certeiro.
Parteira de mão cheia,
negrinhos e branquinhos,
de monte ao mundo trouxe.
Lá na Aruanda,
casinha igual plasmou,
e logo justificou.
Se meus filhos precisa,
de um dedinho de prosa,
em seu sono os trago pra cá.
Pra mim isto é um palácio,
foi nele lá na terra,
que eu alcancei a Aruanda.
Hoje nela trabalho,
pois eu sou da Umbanda,
onde cumpro missão.
Pra ajudar todo irmão,
de todo o coração,
resgato meu quinhão.
Assim segue, Mãe Maria,
dia e noite, noite e dia,
trabalhando sem parar,
se o filho precisa,
meu filho é só chamar.
Mãe Maria Redonda
Homenageando Mãe Maria de Angola
Psicografado por Luconi
05-05-2011