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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

UM SONHO COM IANSÃ E OXUM




Sentada naquela pedra tão próxima do rio, o olhar perdido nas águas, filha de Iansã verte ardentes lágrimas.


Como estava cansada de tantas batalhas travar, batalhas que pareciam que não mais teriam fim, nestas batalhas sabia plantava algumas sementes que somente germinariam quando o solo estivesse fértil.  Isto às vezes a desanimava, sabia que cada um estava num estágio e que, portanto dependendo da demora em cada estágio seria a demora para o solo se tornar fértil.

Enquanto isso sua luta parecia em vão, na maioria das vezes não era entendida, em outras a interpretavam de forma errônea e o que mais a deixava triste era quando percebia que era muito bem entendida mais preferiam à forma mais fácil, a forma onde as aparências fossem mantidas, a forma onde seus desejos puramente materialista e mundanos fossem atingidos.

 Neste caso sim ela parecia se desesperar, preferiam deixar para depois, preferiam colocar o orgulho, a satisfação pessoal na frente e continuavam a agir de forma irresponsável não por ignorância mas pela opção do mais fácil. Não entendiam realmente a importância dos valores morais e muito menos a principal lei Divina que é o amar ao próximo, que pena pelo egoísmo e orgulho se precipitavam deliberadamente ao precipício.

O que fazer diante da inutilidade que parecia ser sua luta, ela mesma já se achava por demais omissa, tanta coisa poderia fazer, mas o cansaço a dominava, era um cansaço que vinha d’alma.

Pensava como agir, afinal os seus irmãos de fé eram os que mais usavam de suas faculdades mediúnicas para galgar o poder, para tirar vantagens para si mesmo.  
A vaidade deles parecia ser insaciável, manipulavam energias negativas para obterem seus escusos propósitos, interferiam no livre arbítrio dos irmãos, tiram o pão de quem já não o tem, literalmente usam e abusam do irmão que tem posses valendo-se de momentos de fragilidade de cada um, uma doença ou uma decepção amorosa, que triste.

Eram incontáveis os trabalhos que manipulavam energias negativas que ela cedera o seu corpo para que entidades guerreiras da luz pudessem dissipá-las livrando assim suas vítimas. Algumas vezes ainda teve que ouvir absurdos tais como: vocês não cobram nada, será que vale sem pagar? Ou então: como vocês não precisam de material? Será que desmancham mesmo assim tão fácil?
E ela com toda paciência que uma filha de Iansã normalmente não teria, punha-se a explicar, a doutrinar, a ensinar.

Bem mas este trabalho de desmanchar energias negativas era o que mais gostava, aí sim ela via resultados positivos, quantos amigos espirituais ganhara combatendo o mal, quantos espíritos trevosos iniciaram uma nova jornada, lenta ela sabia mas redirecionados para a luz, e quantos espíritos perdidos aprisionados por entidades trevosas haviam conseguido libertar, sem contar com os pobres desencarnados a pouco tempo, necessitados de esclarecimento, que foram atendidos, sim este trabalho ela amava, doava-se totalmente, valia muito a pena, seu coração sempre se enchia de amor durante a realização destes.

 Agora o dia a dia, a rotina normal da vida, esta estava cada vez mais difícil por isto preferia se isolar, por isto estava ali, a olhar aquele rio, para diminuir as mágoas de seu coração.

Então os olhos pesam, e ela vê lá no meião daquele rio duas luzes, duas energias que ela sabia ter forma feminina, mas que a intensidade das luzes não permitia que ela definisse.

A primeira luz avermelhada e amarela, dize-lhe: Filha minha, enxuga as tuas lágrimas, a tua espada é a espada da defesa da lei, é a espada que paralisa e redireciona os seres, mas antes é necessário dar-lhes todas as oportunidades para que queiram mudar o curso de suas vidas sozinhos, pois assim muito sofrimento a eles mesmos pouparão. Desta forma a tua batalha no dia a dia não é em vão, você traz a eles esta oportunidade.

Contudo a tua mágoa por eles continuarem indo rumo ao pricipicio faz muito mal a ti, pois mina as tuas forças, e além do mais o Mestre nos ensina a não julgar, a sempre amar e faz parte do amor a paciência. Por isto te trouxe a este rio, campo de força de Mãe Oxum que te acolherá em seu colo e lhe dará o entendimento do amor.

Neste instante a energia que era de um lindo azul mesclado com rosa e alguns traços bem suaves de amarelo se aproxima e a  envolve por inteira, e ela então vê muitos lírios e ouve uma melodia que nunca havia ouvido, linda mas não consegue reproduzi-la.

De repente acorda, está totalmente deitada naquela pedra, levanta-se e se sente com tal leveza que parecia que poderia voar, prostra-se e agradece ao Pai pela benção recebida, olha para o rio sorrindo agradece a Mamãe Oxum, por tê-la embalado em seu amor, e a sua mãe Iansã se curva, bate sua cabeça, levanta de pé, e sorrindo lhe diz:

 Sempre minha mãe, sempre a todo instante, esteja eu onde estiver a oportunidade levarei mesmo sabendo que quase ninguém de momento a aproveitará, mas com paciência saberei esperar. Sei que eu também como eles preciso muito de oportunidades que me levem a trilhar os caminhos da evolução, e esta missão é a oportunidade que vós mãe querida está me oferecendo, vai saber quanto tempo tem esperado para eu cumpri-la, mas agora contigo e com o Pai me comprometo, hoje e sempre.

Retorna para casa, o cansaço não mais existe, quanto antes precisa iniciar as novas lutas que se apresentarão, pois entendeu que não existe rotina, pois todo dia é uma oportunidade para que ela possa cumprir o prometido.

Luconi
Orientada por amigos espirituais

14-02-2011


2 comentários:

  1. Belo posts Poetisa Luconi sempre bom chegar até este apraxivel espaço.Infirmação aumenta sua forma de pensar e assimilar respostas para erros e acerto do dia a dia na vida.Abraços Luz e Paz a ti

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  2. Amiga. Tem dois selinhos para você no Arca. Está em Mimos 2011. É só clicar, abrir e rolar a barra para baixo. Beijos.

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